Nada de vento
Ele se esqueceu
Céu chumbo
Quintal desabitado
Pipi de gato
Imitam presença
Na casa
Que parece
Dormir
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
domingo, 9 de dezembro de 2007
Pede Cachimbo
Domingo
E se acorda tarde
Se toma um café esquecido
Aguado pela espera
E se lê o jornal
Com a preguiça
E o cansaço
De quem dormiu demais
As notícias intragáveis
Contrariam o dia
De céu limpo
De vizinhança quieta
E sutilmente
Entra por essa janela
O perfume
Que só hoje aparece
Frango assado
E quem sabe, maionese
Dia besta
Tedioso
A cadela se coça
A gata se lambe
E eu
Trago na boca
O gosto intricado
De cabo de guarda-chuva!
E se acorda tarde
Se toma um café esquecido
Aguado pela espera
E se lê o jornal
Com a preguiça
E o cansaço
De quem dormiu demais
As notícias intragáveis
Contrariam o dia
De céu limpo
De vizinhança quieta
E sutilmente
Entra por essa janela
O perfume
Que só hoje aparece
Frango assado
E quem sabe, maionese
Dia besta
Tedioso
A cadela se coça
A gata se lambe
E eu
Trago na boca
O gosto intricado
De cabo de guarda-chuva!
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Mormaço
Bem no meio da quarta-feira
Desagua nuvens
Inesperado.
Não há brisa
Nem calor
Ficamos todos
Em estufa
Mas não somos
Propriamente
Begônias
Desagua nuvens
Inesperado.
Não há brisa
Nem calor
Ficamos todos
Em estufa
Mas não somos
Propriamente
Begônias
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Cortina desbotada (originalmente em 19/01/07)
Briga na sala
Armas verbais
E golpes ferozes
Que sangraram
A discussão descabida
Armas verbais
E golpes ferozes
Que sangraram
A discussão descabida
domingo, 2 de dezembro de 2007
Percursos (ou Vestígios de um amor)
Chega até aqui
O aroma do alho
Que anuncia
Enquanto doura
O almoço de domingo.
Chega até aqui
Um dos gatos
Da casa
Que olha lânguido
Enquanto espera
O almoço que não terá.
Chega até aqui
O perfume de roupas
Estáticas no varal
Que denunciam
Enquanto aguardam vento
Presenças na casa.
Chega até aqui
Uma saudade obcena
De amanhecer perto de ti
Enquanto o resto do mundo
Procurava pelo mesmo...
O aroma do alho
Que anuncia
Enquanto doura
O almoço de domingo.
Chega até aqui
Um dos gatos
Da casa
Que olha lânguido
Enquanto espera
O almoço que não terá.
Chega até aqui
O perfume de roupas
Estáticas no varal
Que denunciam
Enquanto aguardam vento
Presenças na casa.
Chega até aqui
Uma saudade obcena
De amanhecer perto de ti
Enquanto o resto do mundo
Procurava pelo mesmo...
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Enquadramentos
Essa paisagem
Que entra por essa janela
É tão luminosa
Quanto aquela pelo telefone
Essa paisagem
Que entra agora por essa janela
É de uma quarta sem nuvens
Apesar da tempestade interna
Que lhe inunda e arrasa
Deixando o desejo
De verão iminente
E estiagem de dores
Desamores...
Que entra por essa janela
É tão luminosa
Quanto aquela pelo telefone
Essa paisagem
Que entra agora por essa janela
É de uma quarta sem nuvens
Apesar da tempestade interna
Que lhe inunda e arrasa
Deixando o desejo
De verão iminente
E estiagem de dores
Desamores...
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Ausência
Não ouvi a porta se fechando
Dentro de mim
Um baque surdo
Nunca mais selos
Nunca mais presença
Dentro da caixa do correio
Nunca mais aquele aroma
Solto e acompanhante
Feito sombra
Nunca mais o eco
De risada espontânea
Despreocupada
De repente a constante
Ausência inodora
Um aperto involuntário
Um dessabor diário
E no fim das contas
Nenhuma explicação
Para tal partida.
Dentro de mim
Um baque surdo
Nunca mais selos
Nunca mais presença
Dentro da caixa do correio
Nunca mais aquele aroma
Solto e acompanhante
Feito sombra
Nunca mais o eco
De risada espontânea
Despreocupada
De repente a constante
Ausência inodora
Um aperto involuntário
Um dessabor diário
E no fim das contas
Nenhuma explicação
Para tal partida.
sábado, 24 de novembro de 2007
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Metrô
Suores
Perfume barato e doce
Fofocas sobre vizinhos
O grande beijo
Na festa de sábado
Rostos cansados
Bolsas que não combinam
E a pressa
Que se demora
E não passa
Perfume barato e doce
Fofocas sobre vizinhos
O grande beijo
Na festa de sábado
Rostos cansados
Bolsas que não combinam
E a pressa
Que se demora
E não passa
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Final de Férias
A dor pequena
Faz chorar
Quando a despedida
É do afilhado
Que nada sabe
E ri pelo vidro
Como se tudo
Fosse uma eterna
Festa...
Faz chorar
Quando a despedida
É do afilhado
Que nada sabe
E ri pelo vidro
Como se tudo
Fosse uma eterna
Festa...
terça-feira, 6 de novembro de 2007
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Se
Fosse eu outra pessoa
Me admiraria com essa presença
Que permeia os dias
As noites
Fisicamente é ausente
Mas cala o grito
Fere o riso
Molha face.
Fosse eu outra pessoa
Iria querer ser essa
Que fala com silêncios
Olhos grandes
E quase não entende
Do mundo.
Me admiraria com essa presença
Que permeia os dias
As noites
Fisicamente é ausente
Mas cala o grito
Fere o riso
Molha face.
Fosse eu outra pessoa
Iria querer ser essa
Que fala com silêncios
Olhos grandes
E quase não entende
Do mundo.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Ao amigo que vive atrás de montes
Para Nuno com a mão estendida à amizade
Caro estrangeiro
Que há muitos séculos
Estiveste aqui
Na figura de ancenstrais
Seja de novo bem vindo
E que esse possa lhe ser
Um mundo não apenas novo
Mas um pier
Onde se desembarca
Para amizades.
É preciso dizer eu te amo
A delicadeza em oferecer um café
A atenção em reunir os papéis soltos
Que a pressa esqueceu de guardar
O coração feliz ao ouvir a voz cantando
E deixando o elevador
A constante paciência em saber
Dos miúdos que compuseram o dia
Por todas essas grandezas
Ás vezes nem é preciso verbos
Pois já está mais que dito
Eu te amo
A atenção em reunir os papéis soltos
Que a pressa esqueceu de guardar
O coração feliz ao ouvir a voz cantando
E deixando o elevador
A constante paciência em saber
Dos miúdos que compuseram o dia
Por todas essas grandezas
Ás vezes nem é preciso verbos
Pois já está mais que dito
Eu te amo
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Batatinha quando nasce
Em meio há vários
Colarinhos no pátio
Encontrei os seus olhos
Que passaram a ser meus
Colarinhos no pátio
Encontrei os seus olhos
Que passaram a ser meus
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Anunciação
Vem vindo no vento
O aviso de um verão tardio
De dias secos
Mas o frio que chega com a noite
Certifica que a profecia
é falsa!
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Debussy
Pequenas gotas
Refrescam o calor da mesmície
E desperta para a lua cheia
Que sempre nos olha
Apesar de toda nossa indiferença.
Refrescam o calor da mesmície
E desperta para a lua cheia
Que sempre nos olha
Apesar de toda nossa indiferença.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Ponto de Interrogação
Caos tem fim?
Até nesses casos o sol volta a brilhar?
Nos resta esse frio de madrugada perene.
Até nesses casos o sol volta a brilhar?
Nos resta esse frio de madrugada perene.
domingo, 30 de setembro de 2007
Soluço
De vez em quando
As palavras se ausentam
Deixando um silêncio
Palpável e incômodo
Ninguém explica
Essa negação de presença
Nem mesmo o desconcerto
De rever um desamor
Ou de lembrar do morto
Simplesmente os vocábulos
Resolvem se esquecer
E só nos resta
Salivar nervoso
Língua pelos lábios
Secos
As palavras se ausentam
Deixando um silêncio
Palpável e incômodo
Ninguém explica
Essa negação de presença
Nem mesmo o desconcerto
De rever um desamor
Ou de lembrar do morto
Simplesmente os vocábulos
Resolvem se esquecer
E só nos resta
Salivar nervoso
Língua pelos lábios
Secos
sábado, 29 de setembro de 2007
A cicatriz
Na estrada de barro a chuva feria
Secando outra via
Esse asfalto,todavia,abre feridas crônicas
Secando outra via
Esse asfalto,todavia,abre feridas crônicas
Sumiço II
Faz alguns anos que a festa acabou
O prato não gira mais seu disco
Mas a música...ainda é alta!
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Quando o encontro é quase à toa
Não foi planejado
Mas o encontro aconteceu
Assim, bem no meio do corredor
Entre duas prateleiras esquecidas
E a poesia que ele me trouxe
Chamava-se
De menos
Ah, como então não sentir dor de cabeça?
Esse espinho que é lapidar a palavra?
Sim, minha resposta é sim
Ao pedido inquietante
Vindo do Capiberibe.
Mas o encontro aconteceu
Assim, bem no meio do corredor
Entre duas prateleiras esquecidas
E a poesia que ele me trouxe
Chamava-se
De menos
Ah, como então não sentir dor de cabeça?
Esse espinho que é lapidar a palavra?
Sim, minha resposta é sim
Ao pedido inquietante
Vindo do Capiberibe.
sábado, 15 de setembro de 2007
Cinzas
No meio da manhã
Corre odor de mato
Queimado junto ao ontem
Quem dera queimassem
Essa minha inquietação,
presença de ausências,
silêncios que gritam...
eu que finjo não ter dor,
mas não sou poeta e
não sei disfarçar.
Olho árvores trêmulas
ante o sol sem pudores
rua de raros pedestres,
alguém lava a calçada e
ainda corre odor queimado
de mato que não morre
não morrem também
essas minhas
reminiscências
Corre odor de mato
Queimado junto ao ontem
Quem dera queimassem
Essa minha inquietação,
presença de ausências,
silêncios que gritam...
eu que finjo não ter dor,
mas não sou poeta e
não sei disfarçar.
Olho árvores trêmulas
ante o sol sem pudores
rua de raros pedestres,
alguém lava a calçada e
ainda corre odor queimado
de mato que não morre
não morrem também
essas minhas
reminiscências
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Agenda telefônica
Ninguém pode afirmar
Que sentiu saudades
Do que não viveu.
Saudade é o ontem
Lembrado hoje.
É a memória de um só.
Todo mundo pode afirmar
Que sentiu saudades
Do que viveu
Agora saudade
É o ontem
lembrado hoje
Porém, recordado a dois.
Que sentiu saudades
Do que não viveu.
Saudade é o ontem
Lembrado hoje.
É a memória de um só.
Todo mundo pode afirmar
Que sentiu saudades
Do que viveu
Agora saudade
É o ontem
lembrado hoje
Porém, recordado a dois.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Inconsultéis
Ausências são tácitas
Pois sinto a arrebentação
De mar bravio
De vento salgado
De brisa de dendê
De ruas urinadas
De bafo de cgc
Invisíveis
Inflando
Dentro de minha
Saudade
Pois sinto a arrebentação
De mar bravio
De vento salgado
De brisa de dendê
De ruas urinadas
De bafo de cgc
Invisíveis
Inflando
Dentro de minha
Saudade
terça-feira, 11 de setembro de 2007
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Quinta feira
Súbito faz sol
Assim mesmo
Eu desprevinida
Comemorei em silêncio
Por que tive receio
Dos fogos inibirem
Esse calor amigo
Que faz com que
O perene inverno
Pareça distante
Assim mesmo
Eu desprevinida
Comemorei em silêncio
Por que tive receio
Dos fogos inibirem
Esse calor amigo
Que faz com que
O perene inverno
Pareça distante
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
terça-feira, 4 de setembro de 2007
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
De raios e trovões
Há três horas
Trovões e relâmpagos
Anunciavam
Propagavam alaridos
De tempestade.
O céu de um chumbo poluição
Os edifícios impávidos
Ostentando para-raios
Agora a noite já chegou
E veio também
O aguaceiro
E pude constatar
Que o cheiro
É de telha de amianto molhada
Tão distante do aroma
Que vinha com a chuva
Quando o lugar
Tinha árvores...
Trovões e relâmpagos
Anunciavam
Propagavam alaridos
De tempestade.
O céu de um chumbo poluição
Os edifícios impávidos
Ostentando para-raios
Agora a noite já chegou
E veio também
O aguaceiro
E pude constatar
Que o cheiro
É de telha de amianto molhada
Tão distante do aroma
Que vinha com a chuva
Quando o lugar
Tinha árvores...
sábado, 1 de setembro de 2007
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Carta ao Dama
Diego: Variação de Diogo. Origem Espanhola. Diogo: Significa instruído e indica uma pessoa dotada de forte magnetismo e muita capacidade de liderança. Segundo uma crença popular, Diogo é um dos nomes do diabo. Mas quem tem esse nome, em geral, se revela um ser humano preocupado com o bem-estar coletivo. Do latim "belo".
Carta ao Dama
Pela janela do ônibus
Vi diversos bares
Diversos festejos
Enxerguei naquela gente
A comeração do seu aniversário
E entendi que de fato
A saudade reside na distância
Então envio de longe
Meu desejo de felicidades
Dia sim e dia sim
Lembranças a todos!
Um abraço...
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Inverno
Nesta cidade
O inverno faz monopólio
E até a noite chora
uma garoa fina
uma revolta branda
insistente e gélida
que açoita a gente
como se tivéssemos
culpa!
O inverno faz monopólio
E até a noite chora
uma garoa fina
uma revolta branda
insistente e gélida
que açoita a gente
como se tivéssemos
culpa!
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Ainda dos 100
21 -DESIMPORTÂNCIA
Ligue depois.
22- O GOLPE
Era para eu ter contado...
23 - O SUSTO
Acabou a luz!
24 - GASTURA
Cisco no olho
25 - ESPIÃ
No que você está pensando?
26 - FUNERAL
Esqueci de molhá-las.
27 - OUTONINHO
Outro ninho
28 - SAUDADE
Cheiro de terra molhada
29 - DELEITE
Ah, brigadeiros
Ligue depois.
22- O GOLPE
Era para eu ter contado...
23 - O SUSTO
Acabou a luz!
24 - GASTURA
Cisco no olho
25 - ESPIÃ
No que você está pensando?
26 - FUNERAL
Esqueci de molhá-las.
27 - OUTONINHO
Outro ninho
28 - SAUDADE
Cheiro de terra molhada
29 - DELEITE
Ah, brigadeiros
Confissão
Queria engendrar poemas
cortantes feito Catar feijão
Me encolho diante da verdade:
Eu não sei nada de poesia!
cortantes feito Catar feijão
Me encolho diante da verdade:
Eu não sei nada de poesia!
domingo, 26 de agosto de 2007
Mais dos 100...
7 - ANSEIO
Vamos água, ferve!
8 - ATRITO
Água risca janela
9 - RECICLAGEM
Versos no saco de pão.
10 - DOMINGO
Vincos feitos pelo sofá
11 - S/A
Dois pingüins sobre a geladeira
12 - BREJO
Barriga de quem engole sapos.
13 - DESCONCERTO
É que a porta estava aberta...
14- SOCO
Cabides vazios enfileirados.
15- TORTURA
Motor de obturação
16 - DESENGANO
Tem, mas acabou.
17 - AUTO FLAGELO
Ele roendo as unhas.
18 - FOME
O livro custa R$ 90,00!
19 - SÁBADO
Sacola e feira
20 - TÉDIO
Hoje é domingo.
Vamos água, ferve!
8 - ATRITO
Água risca janela
9 - RECICLAGEM
Versos no saco de pão.
10 - DOMINGO
Vincos feitos pelo sofá
11 - S/A
Dois pingüins sobre a geladeira
12 - BREJO
Barriga de quem engole sapos.
13 - DESCONCERTO
É que a porta estava aberta...
14- SOCO
Cabides vazios enfileirados.
15- TORTURA
Motor de obturação
16 - DESENGANO
Tem, mas acabou.
17 - AUTO FLAGELO
Ele roendo as unhas.
18 - FOME
O livro custa R$ 90,00!
19 - SÁBADO
Sacola e feira
20 - TÉDIO
Hoje é domingo.
sábado, 25 de agosto de 2007
Projeto de livro: Os 100 menores poemas d(e+o todo) o mundo
1- PAISAGEM
Choveu...
2- O GRITO
Dona Judith morreu!
3- FIM DE DESEJO
_ Isso nunca me aconteceu antes.
5- CÚMPLICES
Hum-hum
6 - EGO
_Foi bom pra você?
7 - ORFÃ
_ Você viu meu outro chinelo?
Choveu...
2- O GRITO
Dona Judith morreu!
3- FIM DE DESEJO
_ Isso nunca me aconteceu antes.
5- CÚMPLICES
Hum-hum
6 - EGO
_Foi bom pra você?
7 - ORFÃ
_ Você viu meu outro chinelo?
Sábado inesperado de sol
Quando aqui faz sol
Parece que o dia
Despeja outra cidade...
um intervalo dos casacos sisudos
do mau-humor
um convite de feriado.
Inesperado, inesperado.
Parece que o dia
Despeja outra cidade...
um intervalo dos casacos sisudos
do mau-humor
um convite de feriado.
Inesperado, inesperado.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Talvez uma apresentação
Faz tempo ouço falar em blogs. Faz tempo tenho amigos que escrevem blogs.
Fez hoje uma coragem de também editar um...então pensei e criei esse.
O que pretendo?
Não tenho idéia...talvez perder a vergonha e publicar o que eu chamo de poesia, mas tecnicamente não é!
Prefiro dizer que vim aqui dividir minhas impressões de mundo.
Ojuobá, me envia!
PS: Para quem aqui vier visitar, meu muito obrigado.
Fez hoje uma coragem de também editar um...então pensei e criei esse.
O que pretendo?
Não tenho idéia...talvez perder a vergonha e publicar o que eu chamo de poesia, mas tecnicamente não é!
Prefiro dizer que vim aqui dividir minhas impressões de mundo.
Ojuobá, me envia!
PS: Para quem aqui vier visitar, meu muito obrigado.
Poltrona (ou 12º andar)
Outro tom.
Daqui os cinzas se confundem:
ora é céu ora é prédio.
Horas e horas nesse eterno topor...
de dia sem sol, outono de mentira,
domingo de janelas cerradas,
caras amarradas,
pois os sonhos não tinham goiabada!
Daqui os cinzas se tornam um;
um só escuro,
de noite sem lua,
(não dá para ver a rua),
domingo de janelas cerradas,
luzes apagadas, nenhum calor,
apesar do inesperado cheiro de sopa
que aquela antena parece capitar.
Daqui os cinzas se confundem:
ora é céu ora é prédio.
Horas e horas nesse eterno topor...
de dia sem sol, outono de mentira,
domingo de janelas cerradas,
caras amarradas,
pois os sonhos não tinham goiabada!
Daqui os cinzas se tornam um;
um só escuro,
de noite sem lua,
(não dá para ver a rua),
domingo de janelas cerradas,
luzes apagadas, nenhum calor,
apesar do inesperado cheiro de sopa
que aquela antena parece capitar.
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