De vez em quando
As palavras se ausentam
Deixando um silêncio
Palpável e incômodo
Ninguém explica
Essa negação de presença
Nem mesmo o desconcerto
De rever um desamor
Ou de lembrar do morto
Simplesmente os vocábulos
Resolvem se esquecer
E só nos resta
Salivar nervoso
Língua pelos lábios
Secos
domingo, 30 de setembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
A cicatriz
Na estrada de barro a chuva feria
Secando outra via
Esse asfalto,todavia,abre feridas crônicas
Secando outra via
Esse asfalto,todavia,abre feridas crônicas
Sumiço II
Faz alguns anos que a festa acabou
O prato não gira mais seu disco
Mas a música...ainda é alta!
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Quando o encontro é quase à toa
Não foi planejado
Mas o encontro aconteceu
Assim, bem no meio do corredor
Entre duas prateleiras esquecidas
E a poesia que ele me trouxe
Chamava-se
De menos
Ah, como então não sentir dor de cabeça?
Esse espinho que é lapidar a palavra?
Sim, minha resposta é sim
Ao pedido inquietante
Vindo do Capiberibe.
Mas o encontro aconteceu
Assim, bem no meio do corredor
Entre duas prateleiras esquecidas
E a poesia que ele me trouxe
Chamava-se
De menos
Ah, como então não sentir dor de cabeça?
Esse espinho que é lapidar a palavra?
Sim, minha resposta é sim
Ao pedido inquietante
Vindo do Capiberibe.
sábado, 15 de setembro de 2007
Cinzas
No meio da manhã
Corre odor de mato
Queimado junto ao ontem
Quem dera queimassem
Essa minha inquietação,
presença de ausências,
silêncios que gritam...
eu que finjo não ter dor,
mas não sou poeta e
não sei disfarçar.
Olho árvores trêmulas
ante o sol sem pudores
rua de raros pedestres,
alguém lava a calçada e
ainda corre odor queimado
de mato que não morre
não morrem também
essas minhas
reminiscências
Corre odor de mato
Queimado junto ao ontem
Quem dera queimassem
Essa minha inquietação,
presença de ausências,
silêncios que gritam...
eu que finjo não ter dor,
mas não sou poeta e
não sei disfarçar.
Olho árvores trêmulas
ante o sol sem pudores
rua de raros pedestres,
alguém lava a calçada e
ainda corre odor queimado
de mato que não morre
não morrem também
essas minhas
reminiscências
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Agenda telefônica
Ninguém pode afirmar
Que sentiu saudades
Do que não viveu.
Saudade é o ontem
Lembrado hoje.
É a memória de um só.
Todo mundo pode afirmar
Que sentiu saudades
Do que viveu
Agora saudade
É o ontem
lembrado hoje
Porém, recordado a dois.
Que sentiu saudades
Do que não viveu.
Saudade é o ontem
Lembrado hoje.
É a memória de um só.
Todo mundo pode afirmar
Que sentiu saudades
Do que viveu
Agora saudade
É o ontem
lembrado hoje
Porém, recordado a dois.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Inconsultéis
Ausências são tácitas
Pois sinto a arrebentação
De mar bravio
De vento salgado
De brisa de dendê
De ruas urinadas
De bafo de cgc
Invisíveis
Inflando
Dentro de minha
Saudade
Pois sinto a arrebentação
De mar bravio
De vento salgado
De brisa de dendê
De ruas urinadas
De bafo de cgc
Invisíveis
Inflando
Dentro de minha
Saudade
terça-feira, 11 de setembro de 2007
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Quinta feira
Súbito faz sol
Assim mesmo
Eu desprevinida
Comemorei em silêncio
Por que tive receio
Dos fogos inibirem
Esse calor amigo
Que faz com que
O perene inverno
Pareça distante
Assim mesmo
Eu desprevinida
Comemorei em silêncio
Por que tive receio
Dos fogos inibirem
Esse calor amigo
Que faz com que
O perene inverno
Pareça distante
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
terça-feira, 4 de setembro de 2007
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
De raios e trovões
Há três horas
Trovões e relâmpagos
Anunciavam
Propagavam alaridos
De tempestade.
O céu de um chumbo poluição
Os edifícios impávidos
Ostentando para-raios
Agora a noite já chegou
E veio também
O aguaceiro
E pude constatar
Que o cheiro
É de telha de amianto molhada
Tão distante do aroma
Que vinha com a chuva
Quando o lugar
Tinha árvores...
Trovões e relâmpagos
Anunciavam
Propagavam alaridos
De tempestade.
O céu de um chumbo poluição
Os edifícios impávidos
Ostentando para-raios
Agora a noite já chegou
E veio também
O aguaceiro
E pude constatar
Que o cheiro
É de telha de amianto molhada
Tão distante do aroma
Que vinha com a chuva
Quando o lugar
Tinha árvores...
sábado, 1 de setembro de 2007
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